quarta-feira, 2 de julho de 2014

O Homem Bom

O homem, que ironia,
Em sua mente ingênua,
Crê piamente que é bom,
Em sua mente vazia.

Dizem, e que contradição,
Que mesmo imerso em pecados,
Este ser sem coração,
Inventou o Deus que criou o ingrato.

Que lógica é esta,
Você que me ouve, irmão.
O mal criou o bem,
Este Ser onipotente e poderoso.

Que eu saiba, o mal,
Destruidor e venal,
Só concebe em sua mente,
Alguém que lhe seja igual.

Homem, examine detidamente,
O que vai em seu peito,
Você é realmente,
Santo assim deste jeito ?

No jornal e na televisão,
Vejo-te eu praticares o bem ?
Você, bondoso (há, há) então,
De verdade ajuda alguém ?

Pergunta ao seu espelho,
De noite, após um dia,
Soueste santo dourado,
Que tanto eu queria ?

Não me venha com bazófias,
Pois eu bem te conheço,
Preocupas mesmo é com ti mesmo,
E com teu umbigo,
E com teu estômago,
E com teu sucesso,
Homo sapiens hipócrita,
Homem bom de araque.

Bernardo (Jun/2014)


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